Uma série de podcasts e transcritos do jornal Apenas Fumaça.
Episódios:
"Aisha e Mohammad Wadi viviam em al-Muzayri’a, no norte da Palestina. Uma pequena vila com pouco mais de 300 casas e cerca de 1100 habitantes. Num dia de verão, depois de andarem há mais de um mês a ouvir notícias sobre vários massacres que ocorriam em vilas próximas, e da morte de dois homens da sua própria localidade, decidiram fugir.
Deixaram tudo como estava. Levaram roupas, um colchão, a chave de casa - o suficiente para passar uns dias fora, até que tudo acalmasse. Aisha estava grávida, e caminhou com o seu marido, de vila em vila, até chegar a Ramallah, a 40 quilómetros de distância." (...)
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Deixaram tudo como estava. Levaram roupas, um colchão, a chave de casa - o suficiente para passar uns dias fora, até que tudo acalmasse. Aisha estava grávida, e caminhou com o seu marido, de vila em vila, até chegar a Ramallah, a 40 quilómetros de distância." (...)
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“O meu nome é Aboud Shadi, um refugiado palestiniano de 13 anos. Estava aqui mesmo, parado com os meus amigos, quando um sniper israelita me matou com um tiro. A minha alma vai ficar aqui, a perseguir o assassino e a motivar os meus colegas de turma. Questiono-me se a comunidade internacional trará justiça para as crianças palestinianas.”
Esta é a mensagem que se lê num cartaz à entrada do Aida Camp, um campo de refugiados em Belém, na Cisjordânia, Palestina. Abaixo, vê-se uma enorme fotografia de Aboud Shadi. Rapaz moreno, cara de miúdo, com o cabelo rapado de lado, e uns olhos castanhos, enormes. Na fotografia, sorri. Anas Abu Srour, um dos coordenadores do Aida Youth Center, uma organização que apoia jovens no Aida Camp, explica-nos o que aconteceu:
Anas - Ele saiu da escola e eles mataram-no quando estava parado, como eu estou agora.
Maria - De braços cruzados.
Anas - Sim, e o sniper estava onde os soldados estão. Ele não estava a fazer nada. Ele estava só parado e o sniper disparou contra o peito dele e ele morreu imediatamente. Tinha 10 anos e não fez nada.
(...)
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Esta é a mensagem que se lê num cartaz à entrada do Aida Camp, um campo de refugiados em Belém, na Cisjordânia, Palestina. Abaixo, vê-se uma enorme fotografia de Aboud Shadi. Rapaz moreno, cara de miúdo, com o cabelo rapado de lado, e uns olhos castanhos, enormes. Na fotografia, sorri. Anas Abu Srour, um dos coordenadores do Aida Youth Center, uma organização que apoia jovens no Aida Camp, explica-nos o que aconteceu:
Anas - Ele saiu da escola e eles mataram-no quando estava parado, como eu estou agora.
Maria - De braços cruzados.
Anas - Sim, e o sniper estava onde os soldados estão. Ele não estava a fazer nada. Ele estava só parado e o sniper disparou contra o peito dele e ele morreu imediatamente. Tinha 10 anos e não fez nada.
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“Colono abriu fogo com uma espingarda automática numa mesquita cheia em Hebron, uma vila na Cisjordânia.”
25 de Fevereiro de 1994. O dia era sagrado. Estávamos a meio do Ramadão - um mês de jejum e rituais sagrados em que os muçulmanos celebram a revelação do Corão ao profeta Maomé. Já os judeus, comemoravam a Festa de Purim e a salvação às mãos do massacre do Imperador Persa, no século IV antes de cristo.
“Num hospital na vila de Hebron, na Cisjordânia, o resultado de uma casa de Deus, transformada num matadouro”
Eram mais ou menos 05h30 da manhã de sexta-feira, fim de semana para palestinianos e israelitas, e o sol mal tinha nascido em Hebron. Mas centenas de muçulmanos já rezavam, ajoelhados, no chão da Ibrahimi Mosque (Mesquita de Abraão, em português), que estava agora completamente cheia.
“800 fiéis palestinianos, juntos para o sagrado mês de jejum do Ramadão mas, sem preverem, alguns iriam morrer, vítimas da fúria de um louco”
Baruch Goldstein, colono israelita e médico no exército, nasceu originalmente nos Estados Unidos da América, mas vivia em Hebron há 11 anos, no colonato de Kiryat Arba, na Cisjordânia.
“Quando a matança parou, o caos começou. Os mortos e feridos chegavam e chegavam às clínicas em Hebron e aos hospitais em Jerusalém. Havia corpos em todo o lado.”
(...)
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25 de Fevereiro de 1994. O dia era sagrado. Estávamos a meio do Ramadão - um mês de jejum e rituais sagrados em que os muçulmanos celebram a revelação do Corão ao profeta Maomé. Já os judeus, comemoravam a Festa de Purim e a salvação às mãos do massacre do Imperador Persa, no século IV antes de cristo.
“Num hospital na vila de Hebron, na Cisjordânia, o resultado de uma casa de Deus, transformada num matadouro”
Eram mais ou menos 05h30 da manhã de sexta-feira, fim de semana para palestinianos e israelitas, e o sol mal tinha nascido em Hebron. Mas centenas de muçulmanos já rezavam, ajoelhados, no chão da Ibrahimi Mosque (Mesquita de Abraão, em português), que estava agora completamente cheia.
“800 fiéis palestinianos, juntos para o sagrado mês de jejum do Ramadão mas, sem preverem, alguns iriam morrer, vítimas da fúria de um louco”
Baruch Goldstein, colono israelita e médico no exército, nasceu originalmente nos Estados Unidos da América, mas vivia em Hebron há 11 anos, no colonato de Kiryat Arba, na Cisjordânia.
“Quando a matança parou, o caos começou. Os mortos e feridos chegavam e chegavam às clínicas em Hebron e aos hospitais em Jerusalém. Havia corpos em todo o lado.”
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